Há pais que, em vez de exigirem estudo e comprometimento de seus filhos, cobram dos professores a acomodação de notas. Pasmem! Isso ocorre em universidades privadas, como se educação fosse um bem de consumo. Também ocorre nas escolas públicas, onde recai toda a culpa sobre o professor.

A palavra professor tem origem no latim e significa aquele que professa, transmite conhecimentos, estimula habilidades e fornece valores. Cabe-lhe cumprir o programa, facilitar a aprendizagem e inspirar crescimento.

Ensinar é dever do professor. Estudar, do aluno. Como afirmou o cientista Ivan Izquierdo, a concentração e a fixação exigem tempo e exercício — os famosos temas de casa.

Afeto e Convivência e o Papel de Cada Um

O vínculo afetivo entre professor e aluno é essencial para o aprendizado. A agressividade em sala de aula não é admissível. A Direção oferece suporte, mas é o professor quem estabelece os limites da convivência.

Escolas de qualidade se constroem com parceria entre professores, pais e direção. Quando há dúvidas ou insatisfação, é essencial dialogar. Desvalorizar a escola — especialmente a pública — é desestimular o aluno.

Família, Tempo e Suporte

Pais presentes fazem diferença. O apoio não é apenas financeiro — é afetivo, atento e comprometido com os desafios do filho.

A internet democratizou o acesso à informação, mas nada substitui o raciocínio crítico, o exercício da memória e a elaboração de soluções reais.

Cabe ao professor ensinar a discernir, orientar decisões e construir o caráter cidadão. Para que isso ocorra, importa muito a atitude dos pais, dando suporte aos limites dos filhos, compreendendo sua singularidade, valorizando o papel do professor e o esforço dos filhos ao vencerem seus desafios e enfrentarem com diálogo e acolhimento as suas dificuldades na escola.


O papel do professor vai muito além da transmissão de conhecimento. Ele é guia, inspiração e peça fundamental na formação de cidadãos críticos e conscientes. Valorizar o professor é valorizar o futuro.

Respeitar o educador é reconhecer sua dedicação, sua formação e a importância que tem na sociedade. Que possamos sempre cultivar ambientes de aprendizado baseados na empatia, no diálogo e no reconhecimento.


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Marilice Costi é escritora, poeta, contista. Especialista em Arteterapia e Capacitada em Neuropsicologia da Arte, é graduada em Arquitetura e mestre em Arquitetura pela UFRGS. Publicações: livros e artigos. Foi editora da revista O Cuidador.
 
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