Copywrite@MariliceCosti_2012
fachada máscara armadilha bordel labirinto
baús mansões adega solário pátios armários
coberturas escondem masmorras?
todo mundo no fundo um porão
corredores escuros sobrado porta janela
pode alçapões para o céu
livre tramela aos amigos
no térreo calor há espera
cálices a guardar vinho
no carinho posta a mesa
mas só casa com outra casa
gerânios com lambrequins
se ge(r)minarem um sótão
daí, que pode o delírio
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Poema selecionado para Gente de Palavra
Gente de palavra, edição 70/2019