A fábula do cuidador – a sabedoria do autocuidado para quem cuida

Cada livro que termino me causa nova emoção. Um sentimento parecido, mas não igual, ao acontecimento de um parto. A sensação é de um filho criado, que seguirá o próprio caminho. Era o que eu pensava antes da chegada da internet. Se alguns nos dão a sensação de dever cumprido, outros depois de um tempo causam estranheza, fui eu mesma que escrevi? Eu pensava mesmo assim, escrevia dessa forma? Um escritor se modifica no decorrer do tempo, passa a escrever com maior rigor se levar seu trabalho à sério.

Dizem que ficamos muito felizes quando nossas ações estão de acordo com nossa missão. Talvez seja por isso que dois de meus livros tenham sido muito especiais. Meu terceiro livro de poesia: Ressurgimento, que me surpreendeu com o Prêmio Açorianos de Literatura em 2006. Eu tinha consciência que os poemas (dois no total) eram muito diferentes daquilo que eu escrevera até então.

Ressurgimento, escrito em dois momentos – um durante um choro compulsivo e outro, exercitando a resiliência, pois é preciso reagir enfrentando a vida – traz a trajetória feminina no seu tema central. A fábula do Cuidador, livro lançado em 2016, teve início a partir de brincadeiras entre amigos, com metáforas e símbolos, e foi sendo construído e reescrito incontáveis vezes durante dois anos. Apesar de permanecer na temática do feminino, o livro trata do cuidado e do autocuidado, em linguagem leve trata dos conflitos de Edelweis e trabalha sentimentos de quem cuida, constrói pontes através do imaginário infantil que se construiu através dos contos de fadas.

Autocuidado resulta da própria sabedoria

O cuidado com quem cuida foi muito mais invisível do que se observa atualmente. Desvalorizado e esquecido há séculos, o cuidador passou a ter importância neste século devido ao crescimento populacional dos idosos e a necessidade de maiores cuidados devido à sua longevidade.

Hoje, dia do cuidador, 20 de março, quero abraçar com carinho a todos os familiares que cuidam e também a todos os que se dedicam profissionalmente a cuidar da vida.

Todo cuidador tem valor inestimável!

Compartilho com você na esperança de que a leitura lúdica lhe faça bem e lhe auxilie no autocuidado tão necessário para que se tenha estrutura emocional e física, e a empatia fundamental para cuidar bem de alguém.

Confira aqui as avaliações dos livros e da revista O cuidador (catálogo com índice das matérias é free – veja nas Revistas). Se desejar, solicite o envio autografado através do nosso contato, assim como pedido de oficinas, workshops ou palestras sobre o tema.

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A avaliação de Soraya Felix

“Se eu pudesse resumir o livro da escritora gaúcha Marilice Costi eu diria que ele é “o cuidado em palavras”, uma terapia delicada que nos leva a um “tratamento” interno movido pela extrema inventividade da autora.

No livro, Marilice nos conta a história de Edelvais, uma flor muito sensível, insegura e dependente que andava pálida e cansada de cuidar das estrelinhas. Em dado momento, sente-se atraída por um Cavaleiro que vive preso a contratos e à própria armadura, um homem desgastado e envelhecido pelas escolhas que fez em sua vida.

Edelvais, como uma boa flor que era, queria aquele amor, queria juntar mais aquele ser para seus cuidados. Ele, como era de se esperar, queria a liberdade, queria o viver sem compromissos. Ela queria cuidar, ele só se preocupava com ele mesmo.

Através desta fábula, Marilice nos apresenta a busca do sentido pela existência, a incompreensão, os desencontros e o processo de autoconhecimento.

Valendo-se de recursos da literatura infantil, e também inspirada no Pequeno Príncipe, e em Fernão Capelo Gaivota, a autora nos leva a uma viagem pela busca de nosso próprio eu, pelos valores de cuidar do outro, não um cuidado qualquer, mas aquele que quer o bem, aquele que tem o amor como ponto de partida.

É um livro que flui a leitura, que passa muito rápido por suas páginas, mas não se engane ao ler isso, porque a profundidade exigirá de você uma segunda, terceira e quarta leitura.

Edelvais é uma flor de miolos e inventividade, no entanto, é no cavaleiro que vemos a maior parte das pessoas que nos circundam.

Se eu pudesse extrapolar diria que A Fábula do Cuidador é um grito para que as pessoas olhem mais uma para as outras e se reconheçam em sua humanidade.

Recomendo a leitura.”

Saiba mais para seu autocuidado

O livro A fábula do cuidador, de Marilice Costi, contém ilustrações da autora feitas a bico de pena em cada abertura de capítulo. O tamanho das fontes foi escolhido para facilitar a leitura, a cor do papel para reduzir reflexão. Foi muito cuidado para dar conforto aos leitores. A capa expressiva também é da autora do livro.

Sobre a autora: Marilice Costi é escritora, arquiteta e arteterapeuta (AATERGS 072/0808). Graduada pela Unisinos, mestre pela UFRGS e pós-graduada pela Faculdade de Ensino Superior de Marechal Cândido Rondon, trabalha como docente do Programa de Especialização em Arteterapia de Abordagem Junguiana Lato Sensu, da Faculdade Mário Quintana, Porto Alegre/RS. Na pandemia, capacitou-se em Neuropsicologia da Arte para arteterapeutas.

Seu trabalho transita pelo cuidado, cuidador, familiares atípicos, literatura e humanidade.

Também foi CEO da startup Cuidaqui.com, para apoiar familiares e seus dependentes. Autora de 9 livros até o momento, editora de vários, possui centenas de artigos na internet, impressos e no seu site, onde mantém seu blog. Atualmente é presidente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul.

Gênero: Ficção/Fábula

Páginas: 72

Sua loja virtual/site seguro: www.marilicecosti.com.br

Porto Alegre, setembro de 2024.

Quer impresso? Encontre em nossa loja. Aqui o link.

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Marilice Costi é escritora, poeta, contista. Especialista em Arteterapia e Capacitada em Neuropsicologia da Arte, é graduada em Arquitetura e mestre em Arquitetura pela UFRGS. Publicações: livros e artigos. Foi editora da revista O Cuidador.
 
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