esbaforidos desejos em tempo de viver
a antimortandade em escondido compreender
sentido na vontade de correr pras malas
e não conter as asas de voo e de prazer
lavado olhar escorre em ressecado tempo
mistérios de interiores em mapas astrais
agrega aroma em conto enluarado
nas arcas sementeiras de edelvais
ao encontrar e atiçar receios
sutil é a forma de esculpir as artes
tormenta revolvendo o próprio espelho
e lábios memoriais que se repartem
há valsas de acordar cidades invisíveis
e a vez de um tempo a descontar ausências
acordes fervilhando em peles vivas
compõem em mãos centelhas de desenhos
nos temporais em vozes emendadas
no andar da noite em vendaval lamento
é abrir-fechar de portas lapidadas
comum esforço em longo experimento
em ondas de amor tinto estão os barcos
que alinham rotas em portais de espera
em tanto entardecer poesia pura
aonde os lagos que carregam velas?
PoA, set. 2008.
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Uma resposta
MARILICE, TU MÚLTIPLA, ACABAS DE ME SURPREENDER COM TUA PENA DE ESCRITORA, DE POETA (“MULHER PONTO INICIAL”, ‘RESSURGIMENTO”), E COM TUA PENA DO HUMANO PADECENTE, QUE CONHECI ATRAVÉS DE TEU DEPOIMENTO NO LIVRO “COMO CONTROLAR OS LOBOS?”
PARABÉNS à MULHER E à ARTISTA!