Nesta obra de Marilice Costi, a razão e a emoção, o feminino e o masculino e os cuidados são temas abordados com criatividade e sensibilidade. Com habilidade, a autora nos envolve através da emoção e da razão, tendo o cuidado como fio condutor. Edelvais representa a suavidade que revela o feminino e nos auxilia a compreender as nossas emoções. Sua escrita revela sentimentos, amplifica o olhar sobre o feminino, com maturidade e equilíbrio.
Representado pelo cavalheiro e sua armadura, compreende-se o movimento masculino e suas dificuldades nos relacionamentos. Ele prefere se manter aprisionado em suas próprias crenças. Aqui somos convidados a refletir sobre as relações entre homens e mulheres, na dificuldade de entrega, no jogo de sedução e no quanto, na maioria das vezes, homens e mulheres falam línguas diferentes e desejam coisas diferentes.
Interdito e transformação: o amadurecimento do masculino
No interdito, Marilice provoca a transformação e o amadurecimento desse homem, que acompanha a mulher madura e proativa da modernidade. A autora nos instiga. Provoca um novo olhar sobre relacionamentos marcados por egoísmo, individualismo e dificuldade de doação e compreensão do outro, sobre a ausência de empatia.
Há sensibilidade e sabedoria na escritora, quando se vale de uma flor para falar da importância do autoconhecimento de cada um de nós. Marilice é lúdica ao tratar do processo de amadurecimento em sua escrita, ao considerar o valor do desapego de crenças limitantes, ao desencadear a liberdade na transformação. Para isso, faz uso de alegorias e metáforas muito bem construídas.
Através da gaivota, ela nos convida a olhar à frente, a observar possibilidades no horizonte, a não nos conformarmos com o que está posto. É importante nos reinventarmos sempre, estabelecermos novos vínculos e alçarmos o próprio voo.
Fábulas e infância: o cuidado com a criança interior
Marilice insere outras fábulas presentes na nossa infância, faz com que visitemos e cuidemos de nossa criança interior. Ela encara os conflitos com leveza e é sábia ao escrever sobre o medo da solidão e a dificuldade de se desapegar de um amor que não nos complemente, que é tóxico ou doentio. De forma simbólica, convida o leitor a tirar a venda que cobre os olhos e, ao dar asas à imaginação, ter a coragem de enfrentar novos desafios.
______Texto baseado na Opinião de Sandra Radin é Mestre em Educação com formação em Dinâmica dos Grupos. Coach, estudiosa da psique feminina, Psicologia Analítica e mitologia. Autora do livro A Velha Sábia E Eu: atmosfera feminina.
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___LOJA VIRTUAL: A FÁBULA DO CUIDADOR




















