Categoria:
Livro anual de poesia
Título:
Ressurgimento
Este delicado livro possui em cada página versos que podem ser considerados independentes do conjunto que forma cada um dos dois capítulo.
Enquanto Marilice escrevia sua dissertação de mestrado, sobre a mesa, sua calopsita lhe fazia companhia. Ficava perto do computador e lhe alegrava os dias.
A avezinha adoeceu, seu corpo se encheu de feridas, sofria há dias. Quando Marilice passava perto da gaiola, ela se erguia para vê-la e depois tombava. Foi preciso sacrificá-la e isso mobilizou sentimento intensos na poeta, quando brotaram esses poemas que resultaram no livro, que foi premiado.
No capítulo 1 – Sombras, poema escrito em algumas horas em fluxo contínuo e regado a choro. Alguns dias depois, o capítulo 2 – Aurora, o reequilíbrio após o luto.
Livro Ressurgimento: Adquira-o aqui.





Uma resposta
Marilice:
Li teu livro premiado “Ressurgimento” como quem mergulhasse numa catarata. É sôfrego e desnudado. Parabéns ao júri. Como dizer-se assim, é um arrancar de vestes, pentear-se com facas. Corajoso teu livro. Pequeno punhal. O cabo, haste de flores. Teu livro dói. Às vezes o cotidiano comparece um pouco intruso. Cômico, mendigo permitido na ópera. Livros assim são um espanto. Se o umbigo da arte é um assombro, o corpo do teu livro se impõe ao vento, ao silêncio, joga-se contra as paredes do cotidiano, e dane-se quem não quiser ouvir seu grito.
Porto Alegre/RS