
DO SER MÃE 1: A contação de histórias
Para Alice, minha mãe. Mãe, o que poderei fazer agora? Era a pergunta recorrente após a refeição, tudo dependia de sua permissão. Mamãe sempre queria

Para Alice, minha mãe. Mãe, o que poderei fazer agora? Era a pergunta recorrente após a refeição, tudo dependia de sua permissão. Mamãe sempre queria

🎙️ Você consegue ouvir o que foi calado? Em Soterradas vozes?, Marilice Costi transforma silêncio em linguagem, memória em presença. O poema convida à escuta profunda — aquela que reconhece o eco das vozes abafadas pelo tempo, pela dor e pela história. Com imagens delicadas e força poética, a autora revela que há potência no que não se diz. Leia e descubra o que ainda pulsa sob a superfície.
Fiz esta pintura na época da ditadura. Não se confiava em ninguém. Jornais substituíam as matérias censuradas por poemas ou retângulos pretos. Se os censores

📘 Marilice compartilha um conto com seu professor, que a incentiva a participar do Concurso Nacional de Contos Mário Quintana. Ela é premiada em Alegrete, recebendo troféu, diploma e cheque. A viagem de volta mistura alegria e um incômodo não especificado — marcando o início de sua trajetória como escritora.

Um relato afetivo e íntimo de Marilice Costi sobre seu pai, Z. D. Costi. A autora resgata memórias familiares, valores transmitidos e momentos marcantes que revelam a presença silenciosa e significativa de um homem íntegro, trabalhador e inspirador. Uma homenagem delicada ao legado que permanece vivo na lembrança.
Ina era nossa cozinheira. De enorme coração, ela exalava isso no amor com que cozinhava nossos alimentos. Fazia de tudo. Minha mãe supervisionava, ensinava, participava.
Minhas irmãs sabem bem desta história, pois estavam na mesma caminhonete Ford em uma de nossas idas à praia. Uma caixinha em meus pés levava