Descrição
Ressurgimento, de Marilice Costi, é uma obra premiada com o Prêmio Açorianos de Literatura – Poesia (2006), reconhecida por sua sensibilidade e força expressiva. Com versos marcantes e femininos, o livro revela a jornada de reconstrução interior, abordando temas como resiliência, identidade e memória. Indicado para leitores que buscam poesia profunda e envolvente.
📘 Coleção Sempre Viva, volume 3 📍 Literatura gaúcha e brasileira 🏆 Obra vencedora – ALFRS
Diz a autora:
“Enquanto eu fazia mestrado, eu buscava minha calopsita e a trazia em mãos para me fazer companhia sobre a mesa ao lado do computador. Ela adoeceu e, quando eu me aproximava da gaiola, essa avezinha que fora amarela e vivaz, se erguia com enorme esforço só para me ver. Não suportando vê-la assim e cheia de feridas, foi sacrificada. Então veio o luto com muita força e chorei mais de uma hora convulsivamente durante a criação da primeira parte do livro: Sombras. Dias depois, escrevi a segunda, Aurora.”
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COMENTÁRIOS DE LEITORES
Marilice: Terminei de ler agora. Para resumir: lindo livro. A música das palavras, no seu poema, é soberba.
Mario Alves Coutinho, escritor e tradutor, Belo Horizonte/MG
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Li teu “Ressurgimento” como quem mergulhasse numa catarata. É sôfrego e desnudado. Parabéns ao júri. Como dizer-se assim, é um arrancar as vestes, pentear-se com facas. Corajoso teu livro. Pequeno punhal. O cabo, haste de flores. Teu livro dói. Às vezes o cotidiano comparece um pouco intruso. Cômico, mendigo permitido na ópera. Livros assim são um espanto. Se o umbigo da arte é o assombro, o corpo do teu livro se impõe ao vento, ao silêncio, joga-se contra as paredes do cotidiano, e dane-se quem não quiser ouvir seu grito.
Luiz Coronel, poeta e publicitário, Porto Alegre/RS
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Recebi teu material. Gostei mesmo. O que vou transcrever achei simplesmente FANTÁSTICO: “Toco em feridas/que abrem e fecham/digo abre-te-sésamo/ e encontro tesouros”. Guria, fazia muito tempo que não aprendia tanto com tão poucas palavras… sacada de mestre (e de quem sofreu, é ou não?) Esse foi um lampejo divino teu…
Ivaldino Tasca, jornalista, Passo Fundo/RS
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Tendo como analogia, a vida e morte de uma calopsita, a autora faz uma trajetória dialética entre sentimentos opostos: Sombras, etapa dolorosa e Aurora, quando dá fim ao sofrimento e decide voltar à alegria. Quando retorna à infância onde os amigos foram feitos, a felicidade é encontrada e sustentada até a última inevitável das mortes.
De profundo humanismo, a autora domina a técnica da forma, da melodia e do lugar incomum e, com notável sensibilidade, instiga rompendo paradigmas.
A escritora se revela num “fluxo contínuo”, imprime um ritmo agitado e sem pausa, como a necessária isomorfia ao tema, recurso fenomenológico denominado “noese” por Husserl. A inclusão do feminino está na natureza partícipe de vida e morte, berço e túmulo, útero e colo, e leva o leitor a identificar-se com o sentimento universal e poético, expresso num movimento lírico-dramático de versos pulsantes.
Theresa Medeiros, escritora, Porto Alegre/RS
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ISBN: 85-87455-97-4
Glossário
noese – Em fenomenologia, nóesis é o ato de tomar consciência. “Pensar”, “amar”, “odiar”, “imaginar” são todos verbos aplicados ao que a mente faz. Não se chama “amar” uma crença porque é uma coisa que você faz, não apenas o que você tem como verdadeiro. Atualmente, o contraste entre noesis e noema, tornou-se fundamental para a experiência intencional da fenomenologia de Husserl. (Wikipedia)






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